Masking no Autismo: O Custo Invisível de Tentar se Encaixar

Carlos Farias
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🧩 O que é masking no autismo?


O termo masking refere-se ao comportamento de camuflagem adotado por muitas pessoas autistas para se adaptar às normas sociais.


Isso inclui esconder estereotipias, forçar contato visual, imitar expressões faciais e suprimir interesses específicos — tudo para parecer “neurotípico”.


Embora o masking possa facilitar a aceitação social, ele tem um custo emocional alto. Muitas vezes, quem mascara está lutando silenciosamente contra ansiedade, exaustão e perda de identidade.



🚨 Por que o masking é preocupante?


- Diagnóstico tardio: Pessoas que mascaram bem seus traços autistas — especialmente meninas e mulheres — frequentemente recebem diagnóstico apenas na vida adulta.

- Saúde mental: O esforço constante para parecer “normal” pode levar a burnout, depressão e crises de identidade.

- Falsas percepções: Educadores e familiares podem interpretar o comportamento mascarado como sinal de adaptação, ignorando necessidades reais de apoio.



🏫 Masking no ambiente escolar


Na escola, o masking é comum entre alunos autistas que desejam evitar bullying ou se destacar. Eles podem:


- Evitar pedir ajuda para não parecerem “diferentes”

- Suprimir comportamentos reguladores como balançar o corpo ou repetir palavras

- Imitar colegas para se encaixar, mesmo sem compreender totalmente as interações


Esse comportamento pode dificultar a identificação de necessidades educacionais especiais, atrasando intervenções importantes.



👀 Como identificar sinais de masking?


Educadores, pais e profissionais podem observar:


- Fadiga extrema após interações sociais

- Mudanças de comportamento entre casa e escola

- Dificuldade em expressar sentimentos ou pedir ajuda

- Interesses intensos mantidos em segredo



🤝 Estratégias para acolher e apoiar


- Ambientes seguros: Criar espaços onde o aluno possa ser autêntico sem medo de julgamento.

- Validação emocional: Reconhecer o esforço envolvido em mascarar e validar sentimentos.

- Formação de educadores: Promover capacitação sobre neurodiversidade e sinais menos visíveis de autismo.

- Flexibilidade pedagógica: Adaptar rotinas e expectativas para respeitar o ritmo e as necessidades individuais.



📣 Conclusão


O masking no autismo é uma realidade silenciosa que merece atenção. Reconhecer e acolher essas vivências é essencial para promover inclusão verdadeira — não apenas na escola, mas em toda a sociedade.


Ao entender o custo invisível de tentar se encaixar, damos um passo importante rumo à empatia, respeito e equidade para pessoas autistas.



🔗 Quer saber mais?


Acompanhe outros conteúdos sobre educação inclusiva e neurodiversidade no nosso blog.

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